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Com perfis fakes, estuprador se passava por produtora de TV para violentar meninas, em Curitiba


Brasil Net

A lista do homem possui contato de mais de cem adolescentes

Foto: Banda B
O acusado disse aos investigadores que tudo não passava de uma brincadeira

Um homem de 40 anos foi preso em flagrante pelo Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (Nucria) acusado de estuprar uma adolescente, em Curitiba. O crime aconteceu na sexta-feira (15) e a suspeita é que outras garotas já tenham sido vítimas de Ricardo Damasceno Figueiredo, que usava perfil falso nas redes sociais. A lista do homem possui contato de mais de cem adolescentes.

O caso chegou até a especializada por meio de uma denúncia grave. A adolescente de 15 anos, acompanhada dos avós, relatou no Nucria que tinha sido vítima de estupro, há poucas horas. A delegada Mônica Meister disse à imprensa, durante uma coletiva, que a equipe de investigação saiu na hora para checar a denúncia. “Uma das vítimas veio até a especializada com os avós noticiando que tinha sido estuprada. É uma adolescente de 15 anos e naquele momento os policiais daqui foram até o local onde tinha acontecido o fato, no bairro Tingui. Lá, encontraram um homem de 40 anos fechando a casa, pronto para fugir. Foi dado voz de prisão e ela reconheceu ele sem sombra de dúvidas”, contou.

Em depoimento formal, a adolescente contou que foi procurada por uma mulher, que seria produtora de um canal de televisão, para fazer um recrutamento de jovens curitibanas. “Ela contou que os dois conversavam pela internet, mas que pensava ser uma mulher, Letícia Chagas, que estava agenciando modelos de tvs. Na verdade, era um perfil fake. Mas ela se interessou, e os pedidos eram para que ela mandasse fotos de calcinha, de sutiã, fotografias nuas. Ela tinha sido aprovada, digamos assim, e então marcaram um encontro como se fosse uma mulher, essa Letícia”, contou a delegada.

No entanto, quando a adolescente chegou ao local combinado, encontrou o acusado armado. “Era uma casa, a porta estava aberta e ela entrou. Ele obrigou essa menina a tirar a roupa e manteve relação sexual a força com ela. Depois, mandou que ela pegasse um Uber e fosse embora”, detalhou Mônica.

O acusado disse aos investigadores que tudo não passava de uma brincadeira e negou que tivesse forçado a menina a ter relações com ele, e que tinha sido consensual. Na casa do acusado, a polícia apreendeu computador e celular. A agenda telefônica levava o registro de mais de cem adolescentes, entre mensagens, contatos e números.

Na delegacia, a polícia descobriu que Figueiredo já tinha sido preso no Rio de Janeiro, na cidade de São Gonçalo, em 2013, pelo mesmo motivo – pedofilia.

“As adolescentes estão propensas a esse tipo de crime porque são jovens sonhadoras e com propostas de ganhar R$ 12 mil por mês, trabalhando em novelas. Ainda mais que é um perfil feminino, de mulher, primeira ganha a confiança dessas meninas, atrai mesmo”, finaliza a delegada.

As investigações continuam e poderão apontar se havia outras meninas em conversas recentes que também possam ter sido estupradas, mas que não fizeram a denúncia. O acusado permanece preso e a adolescente já passou por exames de corpo de delitos e encaminhamento ao Hospital das Clínicas para medidas contra doenças e gravidez.

 

 

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Fonte: *Redação Cornélio Notícias, com reportagem da Banda B
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