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Escola de Assaí revoluciona o ensino de ciências com projeto de foguetes e conquista prêmio


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A iniciativa, que rendeu também menção honrosa e medalhas de prata e bronze aos estudantes e professores

Foto: Divulgação
O projeto faz parte de uma eletiva na escola, elemento multidisciplinar do Ensino Médio Integral 

Estudantes do Colégio Estadual Conselheiro Carrão, escola pública de Ensino Médio Integral em Assaí (38 Km de Cornélio Procópio), desenvolveram um projeto de ciências com foguetes feitos de garrafas pet e ganharam prêmio de vice-campeões e menção honrosa na 36ª Jornada de Foguetes em Barra do Piraí (RJ).

Eduarda Priscila, Luiza Alves, Matheus Henrique, Pedro Gustavo e Vitor Kenji, do 2º ano do ensino médio, também participaram da XVI Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG) e da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OPA), conquistando medalhas de parata e bronze.

O projeto da Base de Lançamento de Foguetes rendeu também troféu de segundo lugar e medalhas de prata na Feira STEM Brasil 2022. 

Segundo o professor de Química e Física, Matheus Rossi, que acompanhou o desenvolvimento dos projetos junto à professora e coordenadora Cristina Carvalho, essa iniciativa faz parte dos pilares do Ensino Médio Integral e busca trabalhar nos estudantes o protagonismo juvenil por meio do aprendizado na prática.

"A ideia surgiu de uma eletiva da escola de Astronomia e Astronáutica, chamada "Estrelas do Carrão", que contempla as disciplinas de Física, Química e Biologia. É uma forma de despertarmos o interesse deles pelos estudos, de maneira lúdica, mostrando na experiência como os conceitos funcionam e são importantes, inclusive em uma competição a nível nacional", explica o docente. 

 

Projeto de vida 

O trabalho mostrou ser relevante não apenas para a olimpíada, mas para os projetos de vida dos alunos, que desejam estudar Ciências da Natureza ou áreas afins. É o que afirma Luiza Alves, uma das jovens protagonistas envolvidas: "Essa vitória se conecta muito com meu projeto de vida e acredito que também ao de outros colegas. Eu, por exemplo, decidi que meu futuro profissional será em ciências exatas, uma área próxima do que trabalhamos nessa eletiva", reforça. 

Para o estudante Matheus Henrique, a competição e o incentivo da escola também colaboraram com a sua escolha de carreira. "A vivência dentro do laboratório, projetando e montando o foguete, e os conhecimentos adquiridos em todo o processo me fazem querer buscar algo relacionado a exatas. Sinto como se estivesse me preparando para isso", salienta o aluno. 

Outra participante do "Estrelas de Carrão", Eduarda Priscila, acredita que essa experiência tenha a ajudado a ter uma visão mais clara para a vida adulta, assim como aumentou seu desejo de continuar colaborando com ações na escola.

"A eletiva de Astronomia e Astronáutica me instigou a querer realizar esse projeto e levá-lo adiante. Concluímos a fase da MOBFOG deste ano, mas planejamos seguir melhorando e participar no ano que vem. Além disso, temos a intenção de criar um clube de protagonismo sobre laboratório para engajar ainda mais estudantes", conta a jovem. 

 

Transformando o futuro no ensino integral

Além de incentivar o envolvimento dos alunos em atividades extracurriculares, o Ensino Médio Integral é responsável por transformar o desejo dos jovens para o futuro. É isso que conta o estudante Matheus, que ingressou no modelo durante a pandemia e tem a escola como uma segunda casa: "Escolhi o ensino integral para me preparar melhor para a faculdade, especialmente com o projeto de vida e o estudo orientado, que me fizeram olhar para o meu futuro com mais atenção e pensar sobre onde eu quero chegar. O Integral mudou tudo que eu pensava, sobre mim, sobre os outros e sobre o mundo e tenho certeza de que onde quer que eu chegue, será graças a esse apoio que tive da escola", afirma.

Para a aluna Luiza, natural de uma pequena cidade vizinha a Assaí (PR), o modelo integral surgiu como uma oportunidade de conseguir alcançar bons resultados no ENEM e vestibulares. "A vivência no ensino integral mudou a minha opinião em relação ao ensino superior, me dando uma visão mais clara do que eu busco.

Por ter mais tempo para os estudos e mais acompanhamento, consigo desenvolver melhor meus aprendizados. Mesmo no segundo ano, já conquistei boas notas no ENEM, assim como em outros vestibulares e em olímpiadas", completa. 

Estudante do colégio Carrão desde o 6º ano, Eduarda explica como a mudança para o integral transformou sua trajetória escolar.

"Quando implantaram o modelo de Ensino Médio Integral eu pensei no benefício que seria poder passar mais tempo estudando e, consequentemente, aprendendo mais coisas. Passei a ter acesso a disciplinas diferentes, como o projeto de vida e a orientação de estudos, que me ajudaram a organizar o tempo de estudo e os planos para minha carreira profissional", finaliza.

 

Trajetória escolar e planos futuros

Baseada nos componentes curriculares diversificados do Ensino Médio Integral, a escola tem continuamente encorajado os estudantes a realizarem atividades que promovam a sua formação pessoal e profissional.

Desde 2021, os alunos participam de diversas competições, como a Olimpíada Nacional de Ciências (ONC), Olimpíada Brasileira de Biologia (OBB), Olimpíada Brasileira de Química Júnior (OBQJr) e Olimpíada Brasileira de Física (OBF), alcançando premiações no ensino médio e fundamental II. 

"Nossa intenção é fazer do nosso colégio um polo de Ensino Astronômico e, no futuro, abrir para a população, realizando momentos de observação a céu aberto com nossos protagonistas, fazendo deste trabalho um fomento para o conhecimento científico da comunidade", finaliza a coordenadora Cristina. 

 

Sobre o Ensino Médio Integral  

O Ensino Médio Integral é uma proposta pedagógica multidimensional e moderna, nacional, pública e gratuita. A partir de um modelo de ensino que se conecta à realidade dos jovens e ao desenvolvimento de suas competências cognitivas e socioemocionais, propõe a formação integral dos estudantes.

Trabalha pilares como projeto de vida, aprendizado na prática, tutoria, protagonismo juvenil, acolhimento, orientação de estudos e eletivas, que promovem a formação completa do estudante, junto aos componentes curriculares já previstos na BNCC. Está presente em cerca de 4.301 escolas em todo o país, beneficiando quase 1 milhão de estudantes.

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Fonte: Redação Cornélio Notícias, com informações da Assessoria de Imprensa
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