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Estudos indicam que mortes por Covid despencam em profissionais da saúde após vacinação


Brasil Net

Em alguns estados é possível observar que a disseminação da doença entre profissionais de saúde está menor do que na população em geral

Foto: Divulgação
Em janeiro, 59 profissionais morreram no país. Em fevereiro, o número caiu para 24 e em março, foram apenas 10

Levantamentos preliminares de casos e mortes por Covid-19 entre profissionais de saúde mostram que a vacinação da categoria, iniciada em janeiro deste ano, começa a surtir efeito.

Não há estudos conduzidos apenas com imunizados, e os parâmetros de avaliação divergem entre diferentes instituições, mas o avanço da imunização traz alento e esperança a quem trabalha na linha de frente do combate à doença.

O Conselho Federal de Medicina (CFM), por exemplo, aponta uma queda de 83% no número de médicos mortos em março, na comparação com janeiro, período em que grande parte dos profissionais de saúde começou a ser vacinada. Em janeiro, 59 profissionais morreram no país, confirme o CFM. Em fevereiro, o número caiu para 24 e, em março, foram apenas 10.

No Ceará, um levantamento da Escola de Saúde Pública do estado concluiu que a vacinação fez despencar os casos de infecção nos profissionais de saúde após a aplicação das duas doses da vacina CoronaVac, impedindo que a segunda onda da pandemia se disseminasse entre a categoria.

Em alguns estados é possível observar que a disseminação da doença entre profissionais de saúde está menor do que na população em geral. Em Pernambuco, enquanto os casos confirmados de Covid-19 entre trabalhadores na saúde caíram 9% em março em relação a janeiro, na população em geral houve alta de 27%.

Na Bahia, os casos confirmados no estado cresceram 25,8% em março, se comparados a janeiro. Entre os profissionais de saúde, houve uma queda de 24,4%.

No Paraná, segundo dados da Secretaria de Saúde, em dezembro de 2020 os profissionais de saúde representavam 3,4% dos casos positivos. No dia 31 de março, correspondiam a 2,3% dos casos.

No Hospital das Clínicas de São Paulo, onde mais de 20 mil funcionários foram vacinados, houve redução de casos, com efetividade de até 73,8%. Na terceira semana de janeiro, quando começou a imunização, foram registrados 16,2 mil novos casos de Covid-19 na cidade, enquanto no complexo hospitalar, houve 51. Na última semana de março, os casos no município alcançaram 23,9 mil, mas no HC foram 46. Segundo o hospital, sem a vacina, o número poderia ter ultrapassado 175.

No hospital Sírio Libanês, houve redução de 30% no absenteísmo — ausências ou afastamentos — de funcionários da linha de frente, por Covid-19 ou síndromes gripais, se comparados os períodos pré e pós imunização.

Dados do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), porém, ainda não refletem queda no número de óbitos da categoria. Nos três primeiros meses do ano, foram 275 mortes — uma média de 91,6 casos por mês. Em 2020, segundo Eduardo Fernando de Souza, coordenador do Comitê Gestor de Crise do Cofen, foram 468 óbitos.

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Fonte: *Redação Cornélio Notícias, com informações do Portal Extra Online
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