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Jogo em rede social estaria levando jovens a cometerem suicídio


Brasil Net

Menina de 12 anos teria tentado se matar dentro de colégio no Rio de Janeiro

Foto: Ilustrativa
Investigação começou a partir de denúncia de uma mãe

A Delegacia de Repressão a Crimes Virtuais (DRCI) investiga uma tentativa de suicídio de uma menina de 12 anos no Rio de Janeiro, que pode ter sido incentivado pelo jogo Baleia Azul, disputado nas redes sociais. Os depoimentos começarão a partir de segunda-feira (17), na sede da especializada, na Zona Norte da cidade.

"Vamos investigar tudo, participantes e curadores", explicou a delegada assistente Fernanda Fernandes, responsável pelo caso.

Segundo ela, a investigação começou a partir de uma vítima que entrou no aplicativo, mas foi descoberta pela mãe. "A mãe descobriu e nos procurou e a partir daí iniciamos uma investigação", explicou a delegada.

No jogo, disputado pelas redes sociais, em que um grupo de organizadores, chamados "curadores", propõe 50 desafios macabros aos adolescentes, como bater fotos assistindo a filmes de terror, automutilar-se e ficar doente. A última missão do jogo é cometer suicídio.

 

Preocupação e alcance

O jogo ganhou visibilidade e vem se alastrando pelo mundo. Em alguns países, como Inglaterra, França e Romênia, as escolas têm feito alertas às famílias, depois que adolescentes apareceram com cortes nos braços, queimaduras e outros sinais de mutilação. As informações são do blog de Andrea Ramal no G1.

O fenômeno começou na Rússia, mas está se espalhando – inclusive no Brasil, como sugerem o caso da jovem de 16 anos morta no Mato Grosso e uma investigação policial em andamento na Paraíba. Na Rússia, em 2015, uma jovem de 15 anos se jogou do alto de um edifício; dias depois, uma adolescente de 14 anos se atirou na frente de um trem. Depois de investigar a causa destes e outros suicídios cometidos por jovens, a polícia ligou os fatos a um grupo que participava de um desafio com 50 missões, sendo a última delas acabar com a própria vida.

A preocupação aumentou ano passado, quando fontes diversas chegaram a divulgar, sem confirmação, 130 suicídios supostamente vinculados a comunidades online identificadas como “grupos da morte”.

Jogos com apelos de riscos letais têm virado moda entre os adolescentes. Um exemplo é o jogo da asfixia, que gerou vítimas no Brasil. Outro é o “desafio do sal e gelo”, no qual, para serem aceitos no grupo, os adolescentes devem queimar a pele e compartilhar as imagens nas redes sociais. Embora exista há anos, o desafio voltou com força recentemente. Sem falar no “Jogo da Fada”, que incita crianças o gás do fogão de madrugada, enquanto os pais dormem.

 

As recomendações para as famílias são: monitorar o uso da internet, frequentar as redes sociais dos filhos, observar comportamentos estranhos e, sobretudo, conversar e conscientizar os adolescentes a respeito das consequências de práticas que nada têm de brincadeira. Atenção redobrada com os jovens que apresentem tendência a depressão, pois eles costumam ser especialmente atraídos por jogos como o da Baleia Azul. Também as escolas devem colocar o assunto em pauta e incorporar no currículo, cada vez mais, a educação para a valorização da vida, o respeito pela vida dos outros e o uso consciente das mídias e tecnologias.

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Fonte: *Redação Cornélio Notícias, com reportagem do G1
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