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122 presos vão cursar universidade em 2020 no Paraná


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Entre os cursos mais escolhidos pelos presos estão administração, educação física, engenharias, logística e serviço social

Foto: AEN
O exame é ofertado desde 2010

Após a aprovação no Exame Nacional do Ensino Médio Para Privados de Liberdade (Enem-PPL) e em vestibulares, 122 detentos do sistema prisional de todo o Paraná poderão cursar o ensino superior em 2020, em instituições públicas e privadas. Entre os cursos mais escolhidos pelos presos estão Administração, Educação Física, Engenharias, Logística e Serviço Social.

Dos 122 internos aprovados, 46 são de Curitiba e Região Metropolitana, sendo 17 da Colônia Penal Agroindustrial; 11 do Complexo Médico Penal; seis da Casa de Custódia de São José dos Pinhais; cinco da Penitenciária Central do Estado (sendo três da Unidade de Segurança e outros quatro da Unidade de Progressão); quatro da Penitenciária Estadual de Piraquara e um da Casa de Custódia de Curitiba.

Outros 40 são de Londrina, sendo 19 da Penitenciária Estadual de Londrina I (PEL I); 17 da PEL II; dois da Casa de Custódia e outros dois do Centro de Reintegração Social (Creslon). Administração, Marketing, Educação Física, Letras, Design de Interiores, Logística, Gestão de Recursos Humanos e Radiologia são alguns dos cursos escolhidos.

Dos demais, 23 estão custodiados na Penitenciária Estadual de Francisco Beltrão (PEFB). Todos eles foram aprovados para cursar a graduação em universidades públicas, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que utiliza a nota do Enem-PPL para a classificação. O curso de engenharia de alimentos foi escolhido por 21 deles.

Além deles, seis detentos aprovados estão custodiados na Colônia Penal Industrial de Maringá; três na Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu; dois na Penitenciária de Guarapuava; um da Penitenciária de Cruzeiro do Oeste; um da unidade de progressão da Penitenciária de Ponta Grossa.

Além dos cursinhos preparatórios, outra iniciativa que ajudou os candidatos foi a participação no Projeto de remição de pena pela leitura. Os presos que participam dele têm direito a reduzir quatro dias da pena após ler um livro e entregar uma resenha, que é escrita sob supervisão de professores de Língua Portuguesa e de Pedagogia da rede estadual de ensino.

Ao todo, são 20 dias para leitura, com média de duas horas diárias, e oito horas para escrever e reescrever o texto ampliativo. Para ser aprovado, o preso ainda precisa atingir uma média de 6,0 pontos na resenha. Em um ano, o interno pode remir até 48 dias de pena.

O Exame Nacional do Ensino Médio Para Privados de Liberdade é ofertado desde 2010, em unidades prisionais e socioeducativas de todo o Brasil. Há um edital específico para as prisões, com datas de aplicação das provas diferentes das aplicadas ao restante da população. No Estado, 1.702 presos se inscreveram para fazer a prova em 2019.

Com os resultados dos vestibulares e das provas classificatórias, cabe agora ao Poder Judiciário – que analisa caso a caso – conceder a autorização para que os presos possam iniciar as aulas no ensino superior.

 

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Fonte: *Redação Cornélio Notícias, com informações da AEN
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