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Promotor fala sobre prisões do “Tribunal do Crime” em Cornélio Procópio


Brasil Net

Grupo criminoso julgou e condenou a tortura jovem que delatou traficante no Conjunto Florêncio Rebolho

Foto: Reginaldo Tinti
Francisco Ilídio Hernandes Lopes, titular da promotoria criminal do MP-CP

Logo após a operação policial liderada pelo Ministério Público de Cornélio Procópio, que ocorreu no decorrer de quarta-feira (11), a qual visava prender acusados de envolvimento com o chamado “Tribunal do Crime” na cidade, o Promotor de Justiça Francisco Ilídio Hernandes Lopes (foto), titular da promotoria criminal, em entrevista, falou mais detalhes sobre este assunto que chamou a atenção da população.

Segundo o promotor público, a informação das agressões sofridas por um jovem que delatou a pessoa que teria vendido drogas que estavam com ele ao ser abordado pela Polícia Militar, veio através da própria PM, que colheu as imagens, que foram exibidas nas redes sociais.

De acordo com Lopes, o que foi apurado em uma ampla investigação que envolveu as polícias militar e civil, foi que após o rapaz delatar o traficante, este foi preso e no dia 25 de setembro, ao ir ao Fórum da comarca para responder por outro crime, este meliante ficou sabendo sobre a delação cometida anteriormente contra ele pela vítima, vindo este a mandar seus comandados a julgarem e condenarem o jovem, em uma espécie de “Tribunal do Crime”, sediado no Conjunto Florêncio Rebolho, área de atuação do acusado, no dia seguinte, sendo tudo filmado, relatou Lopes.

O vídeo foi mandado para o suposto chefe da facção criminosa, que permanece preso, para comprovar as agressões, que tinham especificações, como tempo de tortura e golpes abaixo do pescoço para não deixar marcas no rosto para não levantar suspeitas, informou o promotor.

A partir daí com o vídeo em mãos, as equipes policiais, junto ao Ministério Público começaram a levantar dados, que resultaram dias depois na identificação dos agressores, estando alguns usando tornozeleira eletrônicas, equipamento este que os monitorou no dia e horário do crime, apontando o local da tortura, em uma casa abandonada no Conjunto Florêncio Rebolho.

Diante das evidências, o MP solicitou junto Justiça sete mandados de buscas e apreensões, além de cindo de prisões, sendo estes cumpridos na quarta-feira, data esta que foi escolhida por estar além do período de eleição, caso ocorresse antes, a operação não resultaria em prisões em virtude da lei eleitoral, salientou Lopes.

O promotor público revelou ainda que na operação deflagrada, os policiais encontraram drogas escondidas nas residências de alguns implicados, lembrando que todos possuem passagens por crimes na cidade, inclusive os celulares que portavam foram recolhidos, os quais serão periciados graças ao pedido de quebra de sigilo autorizado pela Justiça.

Para o MP está tudo claro, todas as evidências levam a acreditar que o mandante do crime é o indivíduo preso e as imagens mostram quem seriam os agressores, que cumprem prisão preventiva, que deverá ser estendida por mais cinco dias para que possa ser apresentada a denúncia contra os implicados, que deverão responder pelos crimes de associação criminosa e tortura, informou Lopes.

O Promotor de Justiça Francisco Ilídio Hernandes Lopes, finalizou informando que a vítima esta no programa de proteção a testemunhas e solicitou junto à população, que não deixe de denunciar, pois com estas valiosas informações, o crime pode ser combatido em Cornélio Procópio.

 

 

 

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Fonte: *Redação Cornélio Notícias, com texto do Portal Anuncifácil
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