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Zona Azul de Cornélio Procópio espera por licitação


Brasil Net

A cidade está sem o serviço há cerca de cinco meses

Foto: Carol Santos
Segundo a vice-prefeita Angélica Olchaneski, a previsão é de que em até 30 dias a licitação seja aberta

Há cerca de cinco meses sem Zona Azul, quando encerrou-se o contrato com a empresa que gerenciava a atividade no município, Cornélio Procópio vive a expectativa da retomada do serviço nas ruas do centro da cidade.

A administração das cerca de 750 vagas de estacionamento rotativo em Cornélio Procópio espera agora a abertura de licitação por parte da Prefeitura Municipal para a contratação de uma nova empresa concessionária. Visando fazer alguns ajustes, a Câmara Municipal de Cornélio Procópio aprovou uma lei, já publicada na edição do Boletim Oficial do Município do dia 21 de novembro, que institui novas condições para a implantação da Zona Azul no município.

Entre elas, a legislação atual prevê um aumento na cobrança da tarifa do serviço, a qual não recebia um reajuste desde 2009, ano da criação da lei original. A fração de 30 minutos de estacionamento, que anteriormente era de R$ 0,50, passará a valer R$ 1,20. Já uma hora de estacionamento, que era R$ 1,00, será de R$ 2,00. E, por fim, R$ 3,00 serão cobrados pelo período de duas horas. A modernização do sistema de recebimentos do serviço também ocorrerá, permitindo ao usuário utilizar no pagamento, além de cédula e moedas, cartões de débito ou crédito, ou mesmo por meio de aplicativo de celular.

"Isso tudo foi discutido em audiência pública com a sociedade civil neste ano, e também seguimos a orientação do Ministério Público para fazermos os devidos ajustes na lei municipal da Zona Azul", afirma a vice-prefeita Angélica Olchaneski. Segunda ela, a previsão é de que em até 30 dias a licitação seja aberta e o novo sistema comece a vigorar nos primeiros meses de 2018.

Para lojistas da principal avenida de Cornélio Procópio, a ausência do estacionamento rotativo tem sido muito prejudicial para o faturamento do comércio da cidade. Assim, a proximidade das festas de fim de ano e do consequente aumento no movimento do comércio local, eleva o temor por mais perdas nas vendas. Este é o caso de Hugo Roberto Braga, proprietário de uma loja de chocolates, que alega que a reclamação de clientes é constante. "A gente tem visto que muitos clientes ficam dando voltas nos quarteirões para procurar estacionamento e alguns até acabam desistindo de comprar", afirma. Ele calcula que, desde julho, quando se suspendeu a Zona Azul, houve uma queda de 15% no movimento em seu estabelecimento.

Este também é o caso de Patrícia Pinheiro Poli, proprietária de uma papelaria, que também ressalta a falta que faz o estacionamento rotativo e que tem perdido clientes da região por conta disso. "Teve cliente de Santa Mariana que comentou estar preferindo ir para Bandeirantes fazer compra do que vir para Cornélio, porque não tem onde parar o carro aqui", afirma. Assim como ela diz que há casos de fregueses que telefonam e pedem para levar a mercadoria na porta da loja, por conta da falta de vagas.

Outro problema muito apontado pelos próprios comerciantes é que muitos dos lojistas e funcionários deixam seus veículos por muito tempo nas vagas. "Tem carros que param e ficam o dia inteiro aqui na frente", lembra Patrícia, que anseia por uma rápida solução para o problema. "Se desse tempo, seria bom que a Zona Azul voltasse antes do Natal", sonha.

O presidente da Associação Comercial e Empresarial de Cornélio Procópio, Marcos Pedroso de Oliveira, destaca que a falta de vagas não é novidade na cidade, mesmo quando a Zona Azul estava ativa no município. Ele afirma que a instituição promoverá uma campanha de conscientização por meio de panfletagem e pelas redes sociais, a fim de orientar os comerciantes e consumidores da região para que se utilizem outros meios de transporte para deslocar-se até o centro da cidade ou para que se gaste o menor tempo possível no estacionamento. "Seria muito interessante que a comunidade tivesse uma conscientização para priorizar as vagas para os clientes do comércio", considera ele.

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Fonte: *Redação Cornélio Notícias, com reportagem de Carol Santos para o Jornal Folha de Londrina
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