Notícias

Piloto preso com 400 kg de cocaína é absolvido pela Justiça Federal


ZAAZ - NOVA CAMPANHA - 02

A 2ª Vara Federal de Araçatuba, no interior de São Paulo, considerou a abordagem ilegal

Foto: Divulgação/SSP
Drogas apreendidas em aeronave no Aeroporto de Penápolis (SP)

Um piloto preso no ano passado após ser flagrado com 400 kg de cocaína em uma aeronave foi absolvido na quarta-feira (4), pela Justiça Federal. A decisão considerou a abordagem policial ilegal.

A apreensão da carga ocorreu em 16 de dezembro de 2024, no Aeroporto de Penápolis, interior de São Paulo. A aeronave envolvida foi um Embraer EMB-720C Minuano, versão brasileira licenciada do Piper PA-32 Cherokee Six, de matrícula PT-EKC.

O monomotor havia decolado de Mato Grosso do Sul e provavelmente teve origem inicial na Bolívia ou Paraguai. A operação contou com policiais militares do Tático Ostensivo Rodoviário, com apoio do helicóptero do Grupamento Águia da Polícia Militar e agentes da Polícia Federal.

O piloto, de 33 anos e um passageiro, de 45, foram presos em flagrante por tráfico interestadual de drogas. No entanto, o juiz Luciano Silva, da 2ª Vara Federal de Araçatuba, entendeu que não havia fundada suspeita para a abordagem da aeronave, o que tornou a prova ilícita. Com isso, ambos os réus foram absolvidos.

Na decisão judicial, o magistrado afirma que "não há certeza da natureza da notícia-crime, nem da forma como o monitoramento foi realizado, tampouco da integridade dos planos de voo utilizados para justificar a busca".

Segundo ele, os depoimentos apresentados "apenas confirmam a apreensão da droga, sem esclarecer a origem ou o percurso da carga".

Com base nessa argumentação, a abordagem foi considerada ilegal e as provas anuladas, sendo que o piloto foi absolvido e está em liberdade.

De acordo com dados da Agência Nacional da Aviação Civil, a aeronave está com situação regular e autorizada para voos privados.

O caso gerou grande repercussão, já que no início da semana, um humorista foi condenado a oito anos de prisão por uma piada, que causou revolta nos colegas, que alegam o fim da liberdade de expressão no país e equiparar o exercício da profissão a crime grave, enquanto envolvidos com grupos  criminosos e fraudadores do sistema público vivem livres, sem condenações.

 

FACCREI - 2025


Fonte: *Redação CN, com informações do Jornal Folha de São Paulo
CN INSTITUCIONAL