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Paraná faz a maior apreensão de haxixe já registrada no Estado


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A droga chegou à Grande Curitiba após rota incomum via porto do Nordeste, diz delegado

Foto: Divulgação/PCPR
A carga saiu da África e foi enviada a Fortaleza (CE), antes de ser trazida ao PR

A maior apreensão de haxixe já registrada no Paraná revelou uma rota incomum no tráfico de drogas. Segundo o delegado Victor Loureiro, a droga — produzida em um país africano — chegou ao Brasil por um porto da região Nordeste e percorreu vários estados antes de ser apreendida, no domingo (1º), em Campina Grande do Sul, na região metropolitana de Curitiba.

“Um ponto bastante relevante desta apreensão é a indicação de uma rota de abastecimento de drogas vindas do Nordeste, o que indica que essa droga chegou em algum porto dos estados nordestinos pra depois abastecer os estados do Sul e Sudeste”, disse Loureiro na segunda-feira (2).

De acordo com ele, a rota não é comum, pois geralmente as drogas entram no Brasil a partir de países sul-americanos vizinhos, como Paraguai e Bolívia.

Nesse caso, a droga saiu da África, chegou ao Nordeste, mais especificamente em Fortaleza (CE), e percorreu o país até o Paraná.

Os cerca de 700 kg de haxixe estavam escondidos entre maquinários em um caminhão que aparentava realizar um transporte regular e foi apreendido durante uma fiscalização de rotina no km 55,8 da BR-116.

A carga estava em uma carreta com placas de Santa Catarina, puxada por um caminhão emplacado no Paraná. A droga foi localizada após a sinalização de um cão de faro, que indicou a presença da droga na parte traseira do veículo.

“Essa apreensão representa um golpe significativo contra o tráfico interestadual de drogas. A quantidade, a qualidade da substância e a rota utilizada indicam um esquema de distribuição sofisticado, com origem no Nordeste e destino final em Curitiba”, afirma o delegado Victor Loureiro.

Dois homens, de 32 e 30 anos, foram presos em flagrante por tráfico de drogas. Ambos foram autuados por tráfico de drogas, associação para o tráfico e condução de veículo sem habilitação. Também foram apreendidos aparelhos celulares, ferramentas e os veículos utilizados no transporte. A carga foi avaliada em cerca de R$ 50 milhões.

“Pela aparência e padrão de qualidade, há fortes indícios de que se trata de haxixe marroquino — substância produzida no Marrocos, país apontado como o maior fornecedor mundial da droga, com atuação em mercados da Europa e da América do Sul”, afirmou a Polícia Civil.

A Polícia Civil segue investigando os demais envolvidos, desde os produtores até os receptadores e distribuidores da carga na capital paranaense.

 

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Fonte: *Redação CN, com informações do Portal da Banda B
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