Na manhã de quarta-feira (28), a Polícia Federal desarticulou uma organização criminosa especialista em homicídios por encomenda e espionagem, chegando a cobrar até R$250 mil pelo serviço, que incluía o monitoramento clandestino de políticos e ministros do Supremo Tribunal Federal.
O grupo era composto por militares da ativa e da reserva, incluindo civis que usavam drones e até prostitutas para realizar as ações de coleta de informações das autoridades.
A estrutura dos criminosos foi revelada durante a 7ª fase da Operação Sisamnes, que investiga a morte do advogado Roberto Zampieri, que foi morto a tiros em dezembro de 2023, em Cuiabá (MT).
De acordo a PF, foram encontradas provas de atividades ilícitas no celular da vítima, como a venda de sentenças judiciais e referências diretas ao monitoramento dos Ministros.
A organização criminosa se autodenominava Comando C4, sigla para “Comando de Caça a Comunistas, Corruptos e Criminosos”, operando como uma agência de extermínio, com tabela de preços definidos para assassinatos por encomenda de acordo com o status da vítima, fossem elas deputados, senadores, ministros ou juízes.
O grupo contava com equipamentos de tecnologia avançados, táticas especiais de treinamento militar, e métodos de infiltração.