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Médica é investigada por falsificar laudos de câncer de pele no Paraná


Brasil Net

A médica atuava na cidade de Pato Branco, no Sudoeste do Estado

Foto: Ilustrativa
Até o momento, nove pessoas denunciaram a médica

Uma médica dermatologista foi alvo de mandados de busca e apreensão em Pato Branco, no Sudoeste do Paraná, por suspeita de falsificar laudos de câncer de pele a pacientes. Assim, cobrar por procedimentos para extração do falso câncer.
A operação ocorreu na última sexta-feira, 23, mas só foi divulgada pela polícia na quinta-feira, 29.
Na sexta, 1º, o delegado Helder Andrade deu mais informações à imprensa. Segundo ele, uma das vítimas chegou a pagar R$ 13 mil em procedimentos após receber o falso laudo.
"Após a busca e apreensão, nós já recebemos quatro novas vítimas. Nós temos nove vítimas no total. Algumas vítimas foram lesionadas, tanto fisicamente quanto monetariamente. Algumas pagaram R$ 10 mil, R$ 5 mil. Uma chegou vítima a pagar R$ 13 mil, dependendo dos procedimentos que foram realizados", afirmou.
A investigação mostrou que as vítimas procuravam a médica para consultas dermatológicas e eram informadas de que algumas pintas presentes no corpo tinham características de câncer.
Assim, era retirada uma amostra para ser examinada no laboratório de patologias.
Na sequência, a médica informava a necessidade de o paciente retornar ao consultório, em virtude de o laudo de exame constatar que a vítima estaria com câncer.
Em uma nova consulta, ela mostrava um laudo que indicava a presença da doença e realizava o procedimento de ampliação de margens, cobrando os valores pertinentes.
A falsificação foi descoberta porque algumas vítimas buscaram o laboratório onde foram feitos os exames e receberam os laudos originais, nos quais não havia presença da doença.
"As investigações continuam. Foram recolhidos computadores, celulares e também diversos documentos no consultório médico, que agora estão a cargo da perícia. Nós estamos aguardando o laudo pericial para juntar todas as evidências e encaminhar para o Poder Judiciário e o Ministério Público para a continuidade do procedimento", complementou o delegado Helder Andrade.
A reportagem entrou em contato com a Dermatto Clínica, onde a médica atende, e não obteve retorno até o momento.
A médica também apagou o seu perfil no Instagram e a equipe de reportagem não conseguiu o contato de sua defesa para pedir um posicionamento. O espaço segue aberto para manifestações.
O Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) disse, em nota, que irá instaurar procedimento sindicante para apurar denúncia de possível desvio ético cometido pela referida médica.
O trâmite ocorre sob sigilo.

 

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Fonte: Redação Cornélio Notícias, com informações do Portal Terra
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