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Lula sonha com o Prêmio Nobel da Paz


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O presidente arranha a imagem do país ao abandonar a tradição de moderação da diplomacia brasileira, distorcendo fatos históricos e tendo recaídas ideológicas

Foto: Ilustrativa
Lula tenta ser protagonista no debate sobre questões internacionais

Desde o seu primeiro mandato na presidência da república, Lula sonha conquistar o status de líder global. Para atingir esse objetivo, o governo do petista tenta ser protagonista no debate sobre proteção ao meio ambiente e costurar no âmbito do G20 — grupo que reúne as dezenove maiores economias do mundo, além da União Africana e da União Europeia — uma aliança global contra a fome e a pobreza.
Se der certo, o presidente pode até ser laureado com o Prêmio Nobel da Paz, apostam alguns de seus principais assessores, como o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias.
Uma das inspirações de Lula é Nelson Mandela, referência na resistência ao regime do apartheid, que passou 27 anos presos antes de conseguir a liberdade, receber o Prêmio Nobel da Paz por sua luta contra a segregação racial e ser eleito presidente da África do Sul.
O petista, como se sabe, também foi para a cadeia, mas por 580 dias, condenado no âmbito da Operação Lava-Jato, que investigou o maior esquema de corrupção já descoberto na história do Brasil.
O problema de Lula não é o tamanho de seu sonho, mas a forma como ele faz política externa, principalmente quando abandona a tradição brasileira de mediação e conciliação, distorce fatos históricos, tem recaídas ideológicas e entoa discursos irresponsáveis como se estivesse num palanque eleitoral, arranhando a imagem e prejudicando os interesses do país.
A diplomacia é, entre outras coisas, a arte de medir bem as palavras. É justamente o que o presidente não tem feito.
Nos últimos dias, ele comparou as ações do exército de Israel em Gaza, deflagradas em resposta aos ataques terroristas do Hamas, ao extermínio de seis milhões de judeus, durante a Segunda Guerra Mundial, pelo regime nazista de Adolf Hitler, conseguindo criar uma crise diplomática com Israel.
No ano passado, como forma de prestar solidariedade ao ditador Nicolás Maduro, a quem recebeu em reunião oficial em Brasília, o presidente disse que o “conceito de democracia é relativo” e exaltou a quantidade de eleições realizadas no país vizinho, omitindo as denúncias de que são fraudadas e o fato de líderes oposicionistas serem proibidos de participar das votações.
Em outro desatino verbal, Lula chegou a dizer que a Ucrânia também era responsável por ter sido invadida pela Rússia e que poderia ter evitado a guerra caso tivesse cedido parte de seu território aos invasores. Ele também declarou que uma conversa de botequim poderia ter impedido o conflito.
Há outros exemplos desse tipo, que mostram como os improvisos têm feito mal ao petista e ao país no campo diplomático.
Mantida a toada, o Prêmio Nobel da Paz ficará cada vez mais distante do presidente — e será uma das inúmeras e gigantescas diferenças entre ele e Nelson Mandela.

 

 

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Fonte: Redação Cornélio Notícias, com informações da Revista Veja
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